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Mauro Beting: “Dunga, espero que você não me faça atualizar o livro com a seleção da Espanha”

Carolina Oms
Especial para
Terra Magazine

A editora Contexto perguntou ao jornalista e comentarista esportivo Mauro Beting quais são as melhores seleções estrangeiras de todos os tempos. Depois de três meses assistindo a todos os jogos de todas as Copas desde 1954 e depois de conversar com diversos craques, técnicos e especialistas no assunto, Beting trouxe a resposta em sete seleções e 240 páginas do livro As melhores seleções estrangeiras de todos os tempos.

Em entrevista a Terra Magazine o autor disse que achou o tema vasto e o tempo escasso um “desafio maravilhoso”:

A polêmica é própria do futebol, ainda mais envolvendo gostos. A gente estabeleceu critérios discutíveis, por exemplo, foram selecionadas seleções só a partir de 1954, porque são as seleções que eu pude ver os tapes, assistir todos os jogos das Copas que elas participaram.

O jornalista e comentarista esportivo Mauro Beting lançou o livro nesta terça, 16. Na dedicatória para o técnico da seleção brasileira, Beting promete escrever:

“Dunga, espero que você não me faça atualizar o livro com a seleção da Espanha”. E adianta: “Se eu fosse fazer um bolão, na final eu cravaria Espanha e Brasil e depois Brasil e Argentina”.

O livro conduz o leitor pelos caminhos percorridos pela Hungria de 1954, do craque Puskas, e pela Inglaterra de 1966, do goleiro Gordon Banks (que quatro anos depois faria a sua famosa defesa contra a cabeçada de Pelé). Em seguida, os mecanismos do carrossel holandês de 1974 são revelados. No mesmo ano, temos a Alemanha de Beckenbauer, campeã em cima daquela mesma Holanda. Da década de 1980, as representantes são a Itália de 1982, carrasca do futebol arte brasileiro, e a Argentina de 1986 – aquela da mão de Deus de Maradona. Por fim, a última campeã do século XX, a França de 1998.

Para Beting, o livro é único por ver e rever taticamente, com profundidade, cada partida: “Ele não fica apenas numa colcha de retalhos de depoimentos”. Além das análises e dos bastidores, o jornalista afirma que teve a “pretensão” de explicar tática e tecnicamente porque essas seleções foram “escolhidas, cornetadas e criticadas” por ele. Questionado se haveria, entre as sete, uma favorita ele não titubeia: – Até por um sentimento meio ‘loser’ da minha parte, eu acho que as duas grandes seleções entre as sete, sejam as grandes perdedoras. A Hungria de 54 e a Holanda de 74. A gente gosta de uma história assim: “Por que Deus não deu certo?”.

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