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Guarda em campo de concentração é julgado na Alemanha

Homem de 100 anos que foi guarda de campo de concentração é julgado na Alemanha. O Ministério Público o acusa de ter participado de homicídios entre 1942 e 1945.

Guarda em campo de concentração é julgado na Alemanha
Imagem meramente ilustrativa – martex5

Um centenário é julgado no tribunal estadual de Neuruppin, em Brandemburgo, nesta quinta-feira, 7, por sua participação no regime nazista como um guarda do campo de Sachsenhausen. 

Ele é acusado pelo Ministério Público de ter participado, como cúmplice e de forma voluntária, na morte de 3.518 internos entre 1942 e 1945. Ele teria contribuído ao Holocausto ao trabalhar com a operação de câmaras de gás, criar condições de vida hostis dentro do campo, e auxiliar no fuzilamento de prisioneiros de guerra soviéticos.  

O campo em que trabalhava como guarda, o Sachsenhausen, teve grande importância para os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial: confinando mais de 200 mil indivíduos, também funcionou como central administrativa, modelo para outros campos e centro de treinamento para a SS, a organização paramilitar nazista.

O réu só se tornaria conhecido após pesquisas dentro do Arquivo Militar Estatal de Moscou, onde são mantidos os fichários de saque do Exército Vermelho.

Após ser localizado, investigaram seu envolvimento com o regime, sua trajetória e seu tempo servindo em Sachsenhausen.

Ficou curioso para saber mais sobre o que aconteceu com alguns personagens dessa história, leia o livro Nazistas entre nós, do jornalista Marcos Guterman.

Guarda em campo de concentração é julgado na Alemanha

Os nazistas, responsáveis pelo Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial, foram exemplarmente punidos após a derrota alemã, certo? Não foi bem assim. Muitos desses carrascos desfrutaram o resto da vida em liberdade, em vários cantos do planeta, como se fossem parte da mesma sociedade civilizada que eles tanto se esforçaram em destruir. Eram vistos como vizinhos pacatos, cidadãos de bem. E isso só foi possível porque, aos olhos de muita gente, o “passado” deveria ficar no “passado”. É essa história de impunidade que o historiador e jornalista Marcos Guterman conta.

Fonte da notícia: Aventuras na História