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Tire suas dúvidas sobre o novo coronavírus

O Ministério da Saúde reuniu as principais dúvidas sobre o novo coronavírus da China. Confira o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção.

O que é o novo coronavírus?

É um vírus que tem causado doença respiratória pelo agente coronavírus, recentemente identificado na China. Os coronavírus são uma grande família viral, conhecidos desde meados de 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.

Qual a forma de transmissão do vírus?

Ainda não está claro com que facilidade o novo coronavírus se espalha de pessoa para pessoa. As investigações estão em andamento, mas a disseminação do novo coronavírus está ocorrendo e pode ser de forma continuada. Alguns vírus são altamente contagiosos (como sarampo), enquanto outros são menos.

Quais são os sintomas do novo coronavírus?

Os sinais e sintomas clínicos são principalmente respiratórios, como febre, tosse e dificuldade para respirar.

Se alguém apresentar esses sintomas, o que deve ser feito com esse paciente? Qual é o procedimento do hospital/médico?

O caso suspeito deve utilizar máscara cirúrgica e ser acomodado em quarto privativo. O profissional de saúde deve coletar as amostras respiratórias e encaminhar os casos graves para um hospital de referência para isolamento e tratamento.

Existe alguma forma de prevenção?

Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, como realizar frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir alimentos, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca. Além disso, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, manter os ambientes bem ventilados, evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.

Como é feito o diagnóstico do novo coronavírus?

O diagnóstico do novo coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios com potencial de aerossolização (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do novo coronavírus. As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.

Como é feito o tratamento do novo coronavírus?

O tratamento é feito com base nos sintomas de cada paciente.

Existe alguma restrição internacional?

Com o aumento do nível de alerta pela OMS para alto em relação ao risco global do novo coronavírus, o Ministério da Saúde orienta a partir do dia 28 de janeiro que viagens para a China devem ser realizadas em casos de extrema necessidade.

Como é definido um caso suspeito do novo coronavírus?

Desde o dia 28 de janeiro, o paciente que possuir o critério clínico de febre acompanhada de sintomas respiratórios e atender uma das três situações: ter viajado nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas para a China ou ter tido contato próximo com um caso suspeito ou confirmado.

Caso o vírus chegue ao Brasil, quais serão as medidas adotadas?

O Governo Federal brasileiro adotou diversas ações para o monitoramento e o aprimoramento da capacidade de atuação do país diante do episódio ocorrido na China. Entre essas ações, estão a adoção das medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS); a notificação da área de portos, aeroportos e fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); a notificação da área de Vigilância Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); e a notificação às Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios, demais Secretarias do Ministério da Saúde e demais órgãos federais com base em dados oficiais, evitando medidas restritivas e desproporcionais em relação aos riscos para a saúde e trânsito de pessoas, bens e mercadorias.

O Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergência (COE) – Coronavírus. Qual o objetivo do centro de operações?

O Centro de Operações de Emergência (COE) tem como objetivo preparar a rede pública de saúde para o atendimento de possíveis casos no Brasil. A sua estruturação permite a análise de dados e de informações para subsidiar a tomada de decisão dos gestores e técnicos, na definição de estratégias e ações adequadas e oportunas para o enfrentamento de emergências em saúde pública.

O SUS tem tratamento para a doença?

Não existe medicação específica para o vírus. O tratamento é feito com base nos sintomas de cada paciente.

Qualquer hospital pode receber esse paciente?

Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência estadual para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde e instituídas medidas de precaução domiciliar.

Qual é a diferença dessa doença para uma gripe, já que os sintomas são parecidos?

No início da doença, não existe diferença quanto aos sinais e sintomas de uma infecção pelo novo coronavírus em comparação com os demais vírus. Por isso, é importante ficar atento às áreas de transmissão local. Apenas pessoas que tenham sintomas e tenham viajado para a China são suspeitos da infecção pelo coronavírus.

Qual é a orientação para quem for viajar para os países que estão com doença em circulação?

Desde o dia 28 de janeiro, a área com transmissão local do vírus é a China. O Ministério da Saúde vai atualizar as áreas com transmissão local de acordo com as informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) no link: saude.gov.br/listacorona.

Para redução do risco de adquirir ou de transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, como realizar frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, higienizar as mãos após tossir ou espirrar. Além disso, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, manter os ambientes bem ventilados, evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.

Qual a orientação para portos e aeroportos?

Aumentar a sensibilidade na detecção de casos suspeitos de coronavírus de acordo com a definição de caso. Além disso, reforçar a orientação para notificação imediata de casos suspeitos nos terminais. Outra medida é a elaboração de avisos sonoros com recomendações sobre sinais, sintomas e cuidados básicos. Também é importante intensificar procedimentos de limpeza e desinfecção e utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), conforme os protocolos, sensibilizar as equipes dos postos médicos quanto à detecção de casos suspeitos e utilização de EPI e ficar atento para possíveis solicitações de listas de viajantes para investigação de contato.

Foram reforçadas as orientações para notificação imediata de casos suspeitos do novo coronavírus nos pontos de entrada do país, além da intensificação da limpeza e desinfecção nos terminais, como prevê a Anvisa.

Vocês têm orientado hospitais e médicos sobre a doença? Se sim, qual é a orientação?

Sim. O Ministério da Saúde, por meio do Boletim Epidemiológico, pág. 9, oferece as recomendações aos hospitais e aos médicos. As orientações são a utilização de equipamentos de proteção individual (precaução padrão para doenças transmitidas por gotículas), higienização adequada das mãos, limitação da movimentação do paciente e evitar o trânsito de pessoas no quarto.

Quais cuidados os profissionais de saúde devem ter ao entrar em contato com suspeito?

Profissionais devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscaras cirúrgica, luvas, aventais não estéreis e óculos de proteção). Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Por quanto tempo a doença pode ficar incubada?

Até duas semanas após o contato com o vírus.

Qual exame detecta essa doença?

Para detectar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. É importante seguir as orientações que estão no boletim em relação aos procedimentos para o diagnóstico laboratorial.

Tive contato com pessoas que vieram da China recentemente? O que devo fazer?

Desde o dia 28 de janeiro, pessoas vindas da China nos últimos 14 dias e que apresentarem febre e sintomas respiratórios podem ser consideradas casos suspeitos. Essas pessoas devem procurar o serviço de saúde mais próximo.

Quais precauções devo tomar se viajar para a China?

Desde o dia 28 de janeiro, o Ministério da Saúde orienta que viagens para a China sejam realizadas em casos de extrema urgência. Os indivíduos que estiveram na China e manifestarem os sintomas do coronavírus devem procurar imediatamente os serviços de saúde notificados.

Para mais informações, acesse a página sobre o novo coronavírus


Pandemia é uma epidemia de grandes proporções. Os cientistas temem que a humanidade seja vítima de uma pandemia capaz de matar dezenas e até centenas de milhões de pessoas no mundo todo. Para que isso aconteça basta que apareça uma doença que combine enorme capacidade de contaminação (de preferência antes de os sintomas aparecerem) com poder para matar grande número de pacientes infectados. A grande concentração urbana que caracteriza a humanidade em nossa época (ao contrário do que aconteceu quando das grandes febres do começo do século XX) facilita a propagação. As viagens aéreas ganharam enorme incremento, fazendo com que vírus e bactérias atravessem oceanos com rapidez. Além disso, nossas cidades propiciam grandes aglomerações como jogos e shows para dezenas de milhares; dispomos de sistemas coletivos de transporte, como metrô, trens urbanos e ônibus, em que milhões se acotovelam e respiram o mesmo ar; de resto, mesmo situações de trabalho em fábricas e escritórios, além de escolas, fazem com que o potencial de transmissão por vírus ou bactérias seja explosivo.

O livro lançado nessa década alertou sobre o risco da provável chegada em solo brasileiro dos vírus Zika e Chikungunya, que aconteceu. Além disso, abriu com o primeiro capítulo também alertando uma futura pandemia por coronavírus, vivenciada atualmente. Os demais capítulos descrevem outros tantos riscos à humanidade. O livro se mantém mais vivo do que nunca!

Saiba mais no livro > http://bit.ly/stefanpandm

“Comecei a ler este livro e não consegui parar. Já li e havia gostado dos anteriores de Stefan Cunha, sempre interessado na história das doenças infecciosas que nos afligem desde os primórdios da civilização, mas este mostra o escritor na maturidade. Em linguagem claríssima e objetiva, Stefan faz uma análise criteriosa dos germes que poderão causar as futuras epidemias, num estilo que combina a precisão científica do infectologista competente com a do contador de histórias que volta e meia mergulha no passado em busca de acontecimentos que sirvam de lição para o futuro. Quando terminei a leitura, fiquei com a sensação de que havia entendido melhor a história do homem na Terra.”

Drauzio Varella, médico e escritor