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Saúde no cotidiano | Lançamento

saúde no cotidiano

Este livro tem como público-alvo uma parcela bem específica da população: aquela que está viva. As dicas de saúde aqui apresentadas, apesar de informais, num clima bem descontraído e com linguagem bem acessível (espero), têm grande embasamento científico.

O bom humor tem que fazer parte do dia a dia. Afinal, a risada é o melhor remédio e rir de si próprio é o segredo de irmos longe. Como me disse um médico residente durante seu estágio: professor, seu senso de humor é muito complacente, o senhor acha graça até de suas piadas. É lógico que gostei tanto dele, que fez o estágio de novo.

O médico tem o dever de se comunicar numa linguagem acessível. Antigamente, ele era o dono da verdade e o distanciamento do paciente se dava também pela linguagem. “Se você nem está entendendo o que eu digo, não tem o direito de me questionar”. Defendo que, se seu interlocutor não entendeu, o problema não é dele, o problema é seu. Faça-se entender. Esse hermetismo da linguagem infelizmente persiste na Medicina, no Direito e na Economia.

Se quisermos adesão ao tratamento, temos que ter participação dos pacientes nas decisões. É o que chamamos de “decisão compartilhada”. É uma armadilha que fazemos para o paciente: ele é cúmplice de sua saúde.

Em um movimento iniciado na década de 1990 no Canadá, na Universidade de McMaster, a Medicina baseada em evidências revolucionou a postura de todos os profissionais da saúde. Trabalhos bem-feitos, a partir daí, dão o rumo de todas as recomendações de saúde. A velha máxima “na minha experiência” deu lugar a “as evidências mostram”. Ou seja, nunca uma experiência pessoal sobrepuja a experiência coletiva. A arte médica está na adequação das evidências para uma pessoa.

Neste livro, existem dúvidas e soluções dadas pela Medicina que poderão fazer com que você viva mais e melhor. Afinal, a saúde permeia todas as nossas atitudes diárias.

Trata-se da minha primeira aventura literária individual. Permitiu-me exercitar, o que proponho e exponho. Sair da rotina, rever conceitos, aceitar desafios. Enfim, um dos segredos para combater o estresse. Sim, um estresse combatendo o outro.

Ao lado de figuras eminentes que já escreveram outros livros desta coleção, minha aventura fica ainda mais desafiadora. Que venham os desafios. Espero que, entendendo o que existe por trás dos assuntos tratados, você possa mudar sua rotina diária.


Arnaldo Lichtenstein, é doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (fmusp), onde também cursou a graduação. Fez residência médica em Clínica Geral no Hospital das Clínicas da fmusp, área em que atua profissionalmente. É diretor técnico do serviço de Clínica Geral do Hospital das Clínicas, coordenador de curso e professor da fmusp. É diretor da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia e representante do American College of Physicians no Brasil, como governador. Possui mais de 40 artigos científicos e capítulos de livros publicados.