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Romances de Celular – A nova febre dos japoneses

Os japoneses - celia sakuraiSegunda da Wikipedia, e-book “é um livro em formato digital que pode ser lido em equipamentos eletrônicos tais como computadores, PDAs ou até mesmo celulares que suportem esse recurso”.

Quando surgiram o meio editorial ficou alvoroçado. Muita discussão foi levantada em torno do fim do livro de papel, mas o que se viu foi que as mudanças – caso ocorressem – demorariam muito mais para surtir algum efeito. Alías, até hoje não causaram maiores impactos.

No Japão, porém, um novo fenômeno vem conquistando os leitores: os “romances de celular”. Chamados keitai shosetsu, em japonês, são narrativas curtas que muitas vezes contam com interação do leitor e são influenciadas pelos mangás, as histórias em quadrinhos de muito sucesso no país.

De acordo com a BBCBrasil , de cada dez obras de ficção mais vendidas no primeiro semestre de 2007 no Japão, cinco começaram como “romances de celular”, com tiragens médias que chegam a 400 mil exemplares.

O sucesso é tão grande que muitas das histórias foram transformadas em livros impressos. Um exemplo é Koizora (“Céu-Amor”, em tradução livre), a saga de um rapaz com câncer que rompe com a namorada para poupá-la de seu sofrimento. Publicada em livro, a obra vendeu mais de 1,3 milhão de exemplares e está para ser transformada em filme.

Além disso, um dos maiores jornais japoneses, o Mainichi – em colaboração com a Starts, uma editora de pequeno porte de Tóquio – criou o “Prêmio para Romances de Celular do Japão”. O objetivo é a descoberta de novos talentos e estimular uma melhoria na qualidade das obras.

Na edição de 2007, cerca de 2 mil títulos concorreram ao prêmio, no valor de 2 milhões de ienes (quase R$ 32 mil reais). Antes da reunião dos jurados para a decisão do vencedor, a comissão recebe votos que os próprios leitores enviam, claro, pelo celular.

Embora muitos leitores baixem as histórias no celular em capítulos, cada vez mais os romances são lidos na própria internet, em geral gratuitamente. O site de romances de celular Maho i-Land, que iniciou a febre há sete anos, hoje tem 6 milhões de membros e oferece aos visitantes 1 milhão de títulos.

 

O problema

Como têm muitos diálogos e parágrafos brevíssimos para se acomodar ao tamanho da tela do celular, as histórias curtas não são vistas com bons olhos por autores tradicionais, que reclamam de falta de ambientação dos enredos, da precária descrição das cenas ou do fraco desenvolvimento de personagens.

Além disso, elas chegam à telinha sem passar pelo cuidadoso olhar de editores.

Fonte: BBCBrasil

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