Nessa conversa quero perguntar: quando você pretende começar a escrever o seu livro?
Já trombei com gente para quem escrever um livro é tarefa quase impossível. Não é. Minha trajetória comprova o que digo. Foi assim com os títulos Criatividade e redação, A conquista e Escrita criativa: da ideia ao texto, além de Câncer de mama: vitória de mãos e mentes, escrito para um cliente, e da publicação de mais de 400 artigos, incluindo mídias como Estadão e revista Mercado Global, da Rede Globo.
Escrever é mesmo impossível para você? Vamos desmistificar essa história. ▪ Você sabe juntar três ou mais palavras sobre um assunto, produzindo uma mensagem que faça sentido? Então você sabe construir uma frase. ▪ Você sabe juntar duas ou mais frases sobre um assunto – começo, meio e fim –, de maneira que o resultado faça sentido? Então você sabe escrever um parágrafo. ▪ Você sabe juntar vários parágrafos sobre um assunto – começo, meio e fim –, de maneira que esse conjunto faça sentido? Então você sabe escrever um capítulo de um livro. ▪ Você sabe juntar vários capítulos sobre um assunto – começo, meio e fim –, de maneira que, no conjunto, eles façam sentido? Então você sabe escrever um livro. Agora é só começar. Quando? Já.
Porém, nada disso vai acontecer se você não tiver atitude. Na produção da sua obra, o escritor age como o personagem da obra Jornada do herói, de Joseph Campbell, adaptada por Christopher Vogler.
Mas um herói não pode ser fraco, vacilante. Seu papel é exigente. Inclusive para aceitar o fato de que a primeira versão do texto costuma ser imperfeita, como acontece com o produto de todo escritor. Escrever não é difícil. O enorme desafio é reescrever. Não existe escritor, apenas reescritor, foi o que aprendi.
Sem a devida persistência, começa-se a procurar por uma boa desculpa. Devidamente apoiado nela, o principiante afirma que escrever é impossível. Apenas não sabe que ao fazer isso o seu subconsciente começa a trabalhar para confirmar o que disse. Ele quer evitar a incoerência entre a promessa de fracasso e um eventual resultado positivo.
“Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias.”, garantiu o poeta chileno Pablo Neruda. E escrever é falar no papel. Assim como numa conversa, o truque está em não interromper o fluxo criativo para rever o que foi escrito. Isso exige disciplina. É preciso manter o foco. Primeiro escrever, escrever, escrever. Depois, e somente depois, reler, editar, reescrever mil vezes se preciso. Sem dispor de um primeiro texto, como editá-lo?
A propósito: quando você começará a escrever o seu livro?
PrimeiЯa versão
■ Ninguém se importa com o time pelo qual uma pessoa torce ou o seu estilo de música preferido. Porque isso é visto como natural. Ora, se já consideramos a homossexualidade algo natural, por que o assunto não sai da pauta de discussões? E o que dizer da ideia absurda de tolerância, pregada até por gente bem intencionada? Por que alguém deve ser tolerante com o homossexual, quando o que se espera é que ele seja visto com naturalidade? Será que ainda não conseguimos avançar um pouco mais, chegar a algo mais civilizado? Será que só a máquina vai evoluir neste século 21?
Rubens Marchioni é palestrante, produtor de conteúdo e escritor. Autor dos livros Criatividade e redação, A conquista e Escrita criativa. Da ideia ao texto. [email protected].