Para celebrar os 30 anos da Editora Contexto, nada melhor que apresentar quem faz a Contexto que você conhece.
Fale sobre você, Bia.
Eu iniciei meu trabalho como Assistente Editorial aos 20 anos, em uma editora da área de Psicologia, após o convite de seu ex-proprietário, para o qual eu já havia trabalhado em outro segmento. Nessa editora eu aprendi o passo a passo de todo o processo editorial. Com essa oportunidade eu descobri qual carreira eu gostaria de seguir de verdade. Me apaixonei pelos livros e por todo seu processo de produção. Saí dessa editora após quase seis anos e fui trabalhar em um grupo editorial com mais de 20 selos, onde fiquei um longo período como Coordenadora Editorial de um selo de Odontologia e Cirurgia Plástica. Nessa editora eu posso dizer que foi onde aprendi tudo o que sei hoje, pois seus livros eram inovadores, sempre feitos com as melhores gráficas, melhores acabamentos (simples ou especial). Porém, as publicações não eram de um segmento que me atraía muito, por isso me desliguei e fui trabalhar em uma editora na área de gestão de tecnologia em educação, que produzia as “apostilas” de educação para o Governo do Estado de SP. Era uma área com a qual eu me identificava muito, porém com a crise do governo a verba dessa fundação foi sendo cortada aos poucos.
Um dia, conversando com uma amiga sobre a atual situação dessa fundação, ela comentou comigo sobre a vaga disponível na Contexto, e eu me interessei, entrei em contato, fiz as entrevistas e aqui estou eu até hoje.
O mercado editorial tem passado por várias dificuldades com a atual crise, porém essa ainda é uma área que eu gosto muito, em que acredito e onde quero continuar, pois é onde me realizo a cada produção finalizada; dia após dia.
Que atividades você realiza no seu dia a dia na editora? E do que você mais gosta na Contexto?
Eu realizo toda atividade de assistência ao diretor da Editora e a rotina administrativa editorial (documentação, gráfica, contato com autores, fornecedores etc.).
O que mais gosto da Contexto é a clareza com que trata seus autores, fornecedores e funcionários.
Qual a decisão mais difícil profissionalmente que você tomou até hoje?
A mais difícil foi no projeto do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), cuja negociação com a gráfica não começou comigo. Assumi, então, a responsabilidade de dar continuidade ao processo. Me deparei com um projeto grande em uma gráfica completamente despreparada para assumir o compromisso de entregar um material de qualidade na data em que tínhamos que enviar tudo pronto ao governo. Um dia, ao chegar na gráfica, isso faltando apenas duas semanas para a entrega final do material, que já estava muito próxima da data de entrega contratual, tive o conhecimento de que nada estava pronto. Liguei várias vezes acompanhando e sendo enganada que estava tudo sob controle, até que desconfiei e resolvi ir até a gráfica. Quando cheguei lá me deparei com apenas uma parte do material pronto no chão, empoeirado, completamente descuidado. Foi onde eu tive que respirar fundo, conversar com o diretor-geral dessa gráfica e exigir providências a “toque de caixa”. Por fim a gráfica assumiu que não tinha condições de prosseguir com a impressão e teve que terceirizar todo nosso material em outras duas gráficas para conseguir nos entregar no prazo. Houve atraso de entrega, algumas noites sem dormir com a preocupação de uma multa que a Editora poderia levar caso o material não fosse entregue no prazo, mas no final deu tudo certo.
Conte uma história marcante vivida na editora.
Dois anos de Editora ainda é um período muito pequeno para ter histórias marcantes. Porém, hoje, no finalzinho do segundo tempo para encaminhar esta entrevista, posso dizer que uma história que ficará marcada é poder fazer parte de um período comemorativo de 30 anos da Editora. Toda a produção do livro, desde o primeiro contato com os autores do livro até a última reunião com o professor sobre esse assunto, será sempre uma história marcante para mim aqui na Editora.