Três histórias da Esparta antiga:
Um mensageiro retornou a Esparta vindo do campo de batalha. As mulheres o rodearam. Dirigindo-se a uma delas, o mensageiro disse: “Mãe, trago-lhe notícias tristes. Seu filho foi morto enfrentando o inimigo”. Disse ela: “Ele é meu filho”. “Seu outro filho está vivo e ileso”, continuou o mensageiro. “Ele fugiu do inimigo”. Ao que retrucou a mãe: “Ele não é meu filho”.
Outro mensageiro retornou da guerra e foi abordado por uma mãe espartana:
“Como está se saindo nosso país, arauto?”. O mensageiro caiu em prantos. “Mãe, lamento por você”. “Todos os seus cinco filhos foram mortos, enfrentando o inimigo”. “Seu tolo”, disse a mulher. “Não perguntei por meus filhos. Perguntei se Esparta estava vitoriosa!”. “Na verdade, Mãe, nossos guerreiros foram bem-sucedidos”. “Então estou feliz”, disse a mãe, afastando-se.
Dois irmãos guerreiros, fugindo do inimigo, voltavam para a cidade. Por acaso, encontraram a mãe caminhando pela estrada e se aproximaram. Ela ergueu a saia acima da cintura e disse: “Para onde os dois pensam que estão correndo? Voltando para o lugar de onde vieram?”.
A história mais famosa de mãe espartana é também a mais curta:
A mãe espartana entregou ao filho seu escudo enquanto ele se preparava para a guerra, dizendo-lhe: “Volte com ele ou sobre ele”.
Esta é a cultura guerreira. Este é o Ethos do Guerreiro.
Um coronel espartano, homem de seus 50 anos, foi acusado de aceitar suborno em missão no estrangeiro. Sua mãe, em casa, tendo tomado ciência
disso, escreveu-lhe uma carta: “Pare de furtar ou pare de respirar”.
Dica de leitura: O Espírito do Guerreiro, de Steven Pressfield
As guerras existem desde o princípio dos tempos. Mas o que há em comum entre os bravos guerreiros espartanos e os soldados contemporâneos? O que define o Espírito do Guerreiro? Como transportar esse espírito para as batalhas internas que atingem todos nós? Neste livro, o escritor de tantas guerras Steven Pressfield fala de honra, coletividade, bravura, dignidade, abnegação. E, claro, desejo de vitória.