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Livraria da Folha: “Sem Di Caprio, ‘Titanic’ é uma tremenda história de terror”

CAPA TITANIC_WEB A tragédia do Titanic é uma das grandes obsessões do povo norte-americano. De tempos em tempos, sempre se volta a falar algo sobre o acontecimento ocorrido em 15 de abril de 1912, de novas teorias do que causou o caos ou efemérides de partida e suposta chegada.

Inegável dizer também que o filme estrelado por Leonardo di Caprio e Kate Winslet em 1997, mitificou ainda mais o acidente, e deu ares românticos para a cara da morte. Provavelmente, uma e outro tripulante se enroscaram de paixão, mas…

Titanic é uma tremenda história de terror. Impressionantemente real, poderia ter sido apenas um filme surgido da cabeça de algum roteirista depressivo, no entanto, o grande historiador em acidentes marítimos, Phillippe Masson, resgata os detalhes desse assombroso evento e mostra o porquê dele ainda mexer e emocionar tantas pessoas.

A história completa traça uma panorâmica do momento em que o navio zarpa até o que se sabe, de fato, sobre seu destino no fundo do mar. Informações completas sobre comprimento, funcionamento e carga conseguem ainda deixar boquiaberto o leitor atual. O ‘Titanic’ foi uma construção frente à seu tempo e mesmo hoje faria bonito nos mares.

Centenas de personagens amarram diálogos, fatos e curiosidades violentas sobre o exato momento da batida no iceberg, de toda a angústia enquanto o navio afundava, o atropelamento e precauções na entrada nos botes e a lenda da orquestra tocando o cântico ‘Mais perto de Ti, meu Deus’ no naufrágio.

Uma série de fotos e rascunhos revelam o interior dos cômodos e instalações, como o convés, a piscina, a primária ‘sala fitness’ e o luxuoso salão e escadaria da primeira classe (retratada com fidelidade no filme, e onde rola o clima do casal principal).

Titanic poderia surgir como uma obra ultrapassada, algo mais do mesmo. No entanto, as primeiras linhas do livro realmente mostram para o que vieram, sem água com açúcar, no objetivo de contar uma história que chocou o mundo, de analisar de quem foi o erro no acidente, de como o povo e as famílias reagiram e do que ficou no fundo do mar.

(Livraria da Folha, 25/10/2011)

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