Amanhã acontece o lançamento dos livros As melhores seleções estrangeiras de todos os tempos e As melhores seleções brasileiras de todos os tempos, escritos pelos jornalistas Mauro Beting e Milton Leite, respectivamente. A noite de autógrafos e o coquetel ocorrem na Saraiva MegaStore do Shopping Eldorado (Av. Rebouças, 3.970 – Pinheiros – 1º Piso – São Paulo/SP – Tel: 11 3819-5999), a partir das 18h30, entrada franca.
Lá fora também se joga bola:
As melhores seleções estrangeiras de todos os tempos
Diz o ditado que religião e futebol não se discutem. Mas quem liga para os ditados? A polêmica move o futebol assim como a fé move a religião. Então quais são as melhores seleções estrangeiras de todos os tempos? Para o jornalista Mauro Beting elas são sete, espalhadas por décadas e histórias diferentes.
Por incrível que pareça, joga-se bom futebol até fora do Brasil. E algumas seleções estrangeiras montaram equipes maravilhosas, a ponto de revolucionar a forma de jogar nosso esporte favorito. Nesse livro da Editora Contexto, o jornalista e comentarista Mauro Beting escala As melhores seleções estrangeiras de todos os tempos. O autor nos guia por um passeio pela história futebolística com ótimas narrativas, belas fotografias, lista de convocados e detalhamento dos esquemas táticos de cada equipe. Beting nos apresenta a trajetória de sete seleções que deixaram suas marcas no campo e na mente dos amantes do futebol.
Com um estilo descontraído, o escritor conduz o leitor pelos caminhos percorridos pela Hungria de 1954, do craque Puskas, e pela Inglaterra de 1966, do goleiro Gordon Banks (que quatro anos depois faria a sua famosa defesa contra a cabeçada de Pelé). Em seguida, os mecanismos do carrossel holandês de 1974 são revelados. No mesmo ano, temos a Alemanha de Beckenbauer, campeã em cima daquela mesma Holanda. Da década de 1980, as representantes são a Itália de 1982, carrasca do futebol arte brasileiro, e a Argentina de 1986 – aquela da mão de Deus de Maradona. Por fim, a última campeã do século XX, a França de 1998.
Para chegar nessas sete eleitas, Mauro Beting se utilizou de seis critérios. Todas as equipes: disputaram uma Copa do Mundo; tiveram jogadores que entraram em campo a partir de 1952, período com mais facilidade de se conseguir imagens arquivadas e disponíveis aos nossos olhos; eram de países diferentes; jogaram um belo futebol, mas algumas não foram campeãs, mostrando que não é preciso conquistar uma Copa para ganhar o mundo; eram respeitadas, indicando que nas quatro linhas o campeão não precisa ser admirado; tiveram ao menos um grande craque que desequilibraram os adversários em campo. Com esses elementos na mão o autor presenteia todos os fãs de futebol com um livro enriquecido de informações completas sobre o jogo de cada um desses times.
“Se o mundo da bola discute até quem é o “Pelé” do futebol (Pelé? Maradona? Garrincha?), definir as melhores seleções de todos os tempos (fora as brasileiras) é assunto para a vida toda. É quase impossível comparar períodos distintos do esporte, e pode resultar anacrônico igualar o futebol de diferentes décadas. A bola que voa em 2010 é outra pelota, se comparada a que rolava em 1970. Piorou? Melhorou? Mudou. Como a vida. Como o mundo”, relata Mauro Beting na introdução do livro.
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Mauro Beting é jornalista e comentarista de futebol da rádio e tv Lance!, da rádio e tv Bandeirantes, além de apresentador do Bandsports. Escreve para o jornal Lance!, para a revista Fut! e possui blogs no Lancenet! e nos portais Yahoo! e Cidade do Futebol.
Que beleza!
As melhores seleções brasileiras de todos os tempos
Qual a sua seleção brasileira preferida? Para os jovens, que não viram o começo das nossas conquistas, essa obra da Contexto é uma oportunidade de conhecer a trajetória da primeira até a de 2002. Para os mais velhos, é o prazer de saborear as histórias e os bastidores de cada campanha.
No livro As melhores seleções brasileiras de todos os tempos, o narrador e apresentador Milton Leite elege as principais representantes das seleções brasileiras de futebol em Copas do Mundo. Considerando não só as vitórias, mas também a qualidade técnica, o jornalista nos apresenta o retrato de seis equipes marcantes para a história do esporte. O livro começa com o time de 1958 e a equipe bicampeã de 1962. Em seguida, retrata a seleção de 1970, a brilhante e eliminada formação de 1982 e o e tetracampeonato de 1994. Termina com o penta de 2002, equipe campeã depois de um amargo vice em 1998 e uma classificatória conturbada.
“A ideia do livro é reunir histórias e personagens das grandes campanhas nacionais no esporte mais popular do planeta. Mas quando o título começa por “melhor” ou “melhores”, é claro que a obra remete a escolhas, comparações”, explica o autor, que ouviu e entrevistou diversos craques, técnicos e especialistas no assunto. Uma constelação de gênios do futebol como Djalma Santos, Zagallo, Pelé, Tostão, Carlos Alberto Torres, Zico, Falcão, Júnior, Batista, Carlos Alberto Parreira, Bebeto, Mauro Silva, Cafu, Marcos e Ronaldo, concedeu entrevistas exclusivas ao autor.
Das seis seleções retratadas no livro, duas conseguiram unir o futebol bonito, de alta qualidade técnica, à conquista do título. As equipes de 1958 e de 1970 foram campeãs jogando um futebol irrepreensível – tanto que as duas sempre aparecem nas mais variadas enquetes sobre as principais equipes de todos os tempos. O time que venceu em 1962 era praticamente igual ao de 1958, mas, envelhecido, não teve o mesmo brilhantismo de quatro anos antes, como os próprios integrantes daquele grupo deixam claro no capítulo que trata da conquista no Chile.
No caso das duas últimas conquistas, 1994 e 2002, sofremos de forma igual nas eliminatórias e encontramos realidades distintas durante as Copas. Ambas saíram do Brasil desacreditadas. Uma conseguiu a taça com um futebol pragmático e pouco espetacular e a outra mostrou mais habilidade que o esperado no decorrer da competição. Os méritos delas estão na incrível superação, a união dos grupos dentro de campo e o de somar ao país os cinco títulos mundiais. Feito que nenhum outro país conseguiu até hoje.
No entanto, nem todo grande time consegue vencer, mesmo entrando para a história pela qualidade que apresenta em campo. A seleção de Telê Santana, derrotada na Espanha, tem um capítulo a ela dedicado – o que provavelmente será motivo de polêmica, já que para muitos torcedores e especialistas, time bom é o que vence. “No capítulo da Copa de 1982 entra em ação a minha memória afetiva, e um carinho particular por aquele grupo, que só aumentou durante a execução do trabalho”, justifica. Uma equipe que saiu do Brasil como grande favorita, fez uma campanha irretocável… até a derrota.
Terão sido essas, de fato, As melhores seleções brasileiras de todos os tempos? Isso cabe ao leitor decidir após conhecer os detalhes das seis campanhas. Afinal, quando se discute futebol, a polêmica sempre entra em jogo.
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Milton Leite é jornalista profissional, tendo trabalhado nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde. Como narrador esportivo, atuou durante dez anos na ESPN-Brasil e, desde 2005, é contratado do Sportv/TV Globo. Esteve nas Copas do Mundo de 1998 e 2006 e nas Olimpíadas de 2000, 2004 e 2008.