Encontrada no Pão de Açúcar e dentro de uma árvore: 5 múmias com histórias curiosas. Do corpo mumificado egípcio comprado por D. Pedro I à múmia que grita, confira alguns dos mais bizarros casos de mumificação.
Humanas, de animais, completas ou incompletas, com tatuagens ou com características muito peculiares, que até chocam. Múmias contam histórias da pessoa que foi submetida ao procedimento do embalsamamento, — ou não, pois isso muitas vezes acontece naturalmente —, mas também do período histórico em que ela viveu.
As mais conhecidas são as do Egito, que por si só são impressionantes. No entanto, corpos mumificados já foram encontrados ao redor do mundo nos mais curiosos lugares. Uma delas foi até mesmo descoberta na mais famosa montanha do Brasil, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro.
1. A múmia encontrada no Pão de Açúcar
Durante uma trilha nunca antes feita na subida do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, um grupo de cinco alpinistas fez uma descoberta bizarra, em 19 de setembro de 1949. No meio do um caminho difícil, possivelmente o mais arriscado da caminhada, eles se depararam com uma figura estranha presa entre uma fenda estreita na rocha.
Uma silhueta de corpo humano assustou os amigos, que logo chamaram a polícia para o local. A partir da análise de legistas, concluiu-se que a pessoa tinha morrido há seis meses e que o cadáver foi preservado e mumificado pela reação do sal ao corpo, que absorveu a água e fez com que ele ficasse conservado.
2. Kherima
Em 1826, o imperador Dom Pedro I comprou inúmeros sarcófagos e múmias em um leilão feito no Rio de Janeiro. Uma das mais interessantes foi Kherima, também conhecida como Princesa Kherima ou Princesa do Sol. Ela data dos séculos um a três e viveu na região de Tebas, na Grécia, durante o Período Romano.
O curioso é que a princesa foi mumificada de uma maneira totalmente diferente da maioria das múmias encontradas. Apenas oito apresentaram técnica semelhante. Ela teve seus membros enfaixados com bandagens, individualmente, em vez de ter sido envelopada com tecidos de linho.
3. A múmia que grita
Uma múmia com expressões de horror em seu rosto, uma boca aberta e músculos faciais tensos foi descoberta 1881. Com mais de três mil anos de idade, foi apenas em 2018 que pesquisadores começaram a analisá-la, mas ainda assim não é possível dizer o que, de fato, causou a manutenção de tais características medonhas.
O que se descobriu, porém, foi a possível identidade do indivíduo. Após exames de DNA, acredita-se que ele tenha sido o príncipe Pentaur, filho do faraó Ramsés III. Algo muito interessante também é que nenhuma substância foi aplicada no corpo para que ele fosse mumificado: isso aconteceu naturalmente.
4. A múmia do cão Stuckie
Em uma floresta ao sul da Geórgia, madeireiros encontraram uma múmia de um cachorro dentro de uma árvore na década de 1980. Com a boca mostrando os dentes, o cão provavelmente subiu correndo o espaço dentro da árvore para conseguir caçar algum animal que escapava dele.
Apelidado de Stuckie, ele ficou preso e acabou morrendo, há pelo menos 20 anos. O carvalho também se mostrou como um local propício para a mumificação do cachorro: a combinação dos os taninos, uma substância usada na taxidermia e também para tratar peles de animais, com o fato de que nenhum outro animal caçador poderia chegar tão alto para se alimentar do corpo fizeram com que ele se mantesse conservado.
5. Senhora de Cao
A Senhora de Cao foi uma múmia feminina descoberta há 15 anos no sítio arqueológico El Brujo, no norte do Peru. Ela fazia parte da cultura moche, que se estabeleceu antes da civilização inca, e foi encontrada com panos finos, objetos de ouro e cobre, armas de guerra e uma coroa. Segundo os pesquisadores, isso indica que ela era uma líder política ou religiosa naquela sociedade.
Ela desmistificou a ideia de que mulheres não poderiam ocupar cargos importantes na América do Sul do passado, mas sua própria aparência surpreende. O corpo inteiro da Senhora de Cao está cheio de tatuagens, com figuras como serpentes, aranhas, formas geométricas e desenhos abstratos, provavelmente religiosos ou de marcação de status social.
Fonte: Aventuras na História