A América foi descoberta em 12 de outubro de 1492 pelo navegador genovês Cristóvão Colombo (1452 – 1516). A viagem foi patrocinada pelos reis católicos de Espanha Fernando de Aragão e Isabel de Castela.
Colombo, na verdade, esperava atingir as Índias em uma rota alternativa, pelo Oriente. A rota foi apoiada no mapa de outro italiano, o florentino Toscanelli, e apresentada ao rei de Portugal, Dom João II, que negou o apoio.
Portugal, mais experiente nas grandes navegações, haviam apoiado a Espanha na unificação do território e na formação da monarquia. O país luso já atuava em viagens marítimas intercontinentais há mais de um século e duvidavam da rota apresentada pelos italianos.
Caravelas de Colombo
Com o apoio espanhol, Cristóvão Colombo partiu em agosto de 1942. As caravelas Nina e Pinta e a nau Santa Maria chegaram à América 61 dias depois, aportando nas Bahamas e, logo depois, em Cuba e Santo Domingo.
Colombo acreditava ter aportado às Índias e tentou por mais quatro vezes chegar aos mercados indianos. Suas incursões resultaram no descobrimento das Antilhas, do Panamá e da América do Sul.
Foi em 1504 que o navegador florentino a serviço da Espanha Américo Vespúcio (1454 – 1512) classificou como um continente as novas terras descobertas. O fato foi confirmado por Nunes Balboa em 1513. O navegador atravessou a América Central e chegou ao oceano Pacífico. É dele a autoria do nome do continente, América, em homenagem a Américo Vespúcio.
Somente em 1519, o navegador português Fernão de Magalhães (1480 – 1521) iniciou a primeira viagem de circunavegação pelo Planeta. Ele partiu de Cádiz, passou pelo Atlântico e, de lá passou pelo estreito de Magalhães (em sua homenagem), chegando à Ásia.
Magalhães morreu em 1521, combatendo nativos. A viagem foi concluída no ano seguinte por Sebastião del Cano. Essa viagem confirmou que a Terra é redonda.
Nova Rota para o Oriente
A busca por um comércio com o Oriente está entre os principais fatores que impulsionaram as grandes navegações. As trocas comerciais estavam limitadas e o Ocidente dependia mais do restante do mundo, comprando em quantidade maior que o Oriente.
Do continente europeu saíam pedra, madeira, ferro, cobre, chumbo, estanho, carne, peixe, trigo, frutas, lã e linho. E do Oriente saía o açúcar, ouro, cânfora, porcelanas, pedras preciosas, pimenta, cravo, canela, noz-moscada, gengibre, drogas medicinais, bálsamos, unguentos, perfumes e óleos aromáticos.
As mercadorias que saíam do Oriente rumo ao Ocidente eram transportadas por árabes em caravanas realizadas por terra até a Itália, aportando em Gênova, Veneza e Pisa.
Como intermediárias, essas cidades monopolizavam o comércio do Mar Mediterrâneo e havia uma pressão das monarquias nacionais para a quebra do monopólio.
Além do comércio paralisado, a união entre o Estado e a burguesia consistiu em outro importante fator para as grandes navegações. Era de interesse dos monarcas e burgueses financiar a tecnologia para subsidiar as incursões marítimas.
Surgem, assim, os barineis, pequenos barcos de dois mastros e velas quadrangulares; seguidos pelas caravelas com três mastros e, por fim, as naus, mais sofisticadas e dotadas de leme. Da China saem a bússola e o astrolábio.
Fonte: TodaMateria