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Ter autoridade é saber criar novos autores | Rubens Marchioni

Ser líder, na empresa ou na instituição, é ter a habilidade de delegar com equilíbrio, a fim de potencializar o que existe de melhor em cada pessoa da equipe. Até aí, nenhuma novidade. O oposto disso atende pelo nome de ditadura. Ou, de apatia. Nos dois casos, a consequência é um enorme prejuízo para o conjunto da obra, então irremediavelmente comprometido.

Bons líderes são autoridades, sobretudo porque exercem o poder de criar novos autores. Eles identificam talentos e forjam profissionais que experimentam um alto nível de realização. No entanto, para que uma liderança adequada aconteça, é indispensável ter habilidade de fazer críticas acompanhadas de apreciação dos resultados obtidos. Tudo para estimular o máximo de envolvimento com o trabalho. O que deve predominar não é a indicação da deficiência, mas o caminho para a superação. O simples prazer de apontar falhas se reduz a um detestável exercício de sadismo.

Por outro lado, como pensar em resultados satisfatórios se o objeto de todo esse processo for um profissional incapaz de conviver com feedback nem sempre positivo? Ou, sem a determinação necessária para rever posições e assumir uma atitude construtiva diante de uma avaliação, que não vem seguida de aplausos? Segundo o escritor Victor Hugo, nem sempre o que conta é a força, mas a determinação. Ela é necessária quando a situação pede mudança na maneira de agir – fazer a mesma coisa dia após dia, esperando resultados diferentes, isso pode levar a lugar nenhum. Como se vê, a coragem de mudar é essencial.

Peter Drucker disse que “Os resultados são obtidos pelo aproveitamento das oportunidades e não pela solução de problemas. Os recursos precisam ser destinados às oportunidades e não aos problemas”. Profissionais devidamente valorizados, eis o melhor recurso de que uma empresa dispõe para vencer num mercado em que a concorrência não perdoa. Afinal, por mais brilhante que seja a estratégia, o foco deve ser os resultados que se tem como objetivo. Uma liderança, portanto, desenhada nesses moldes, conduz a equipe à produção de itens que entregam mais do que o esperado, atendendo às necessidades e desejos do cliente, interno e externo.

O profissional, nesse caso, atinge suas metas. Conquista recompensas, isto é, obtém benefícios reais, e vivencia novas experiências de qualidade de vida. Vale lembrar, nesse sentido, que o processo pode ser demorado, porque tudo é fruto natural do tempo gasto em fazer cada detalhe com o máximo de qualidade.

Saído dessa experiência transformadora, ele compartilha o que aprendeu – sua nova forma de vida e seus valores – com aqueles que também se dispõem a iniciar um processo de novas buscas, pelo reconhecimento de tudo o que precisa ser mudado. O mundo clama por esse perfil profissional.


RUBENS MARCHIONI é palestrante, publicitário, jornalista e escritor. Eleito Professor do Ano no curso de pós-graduação em Propaganda da Faap. Autor de Criatividade e redação, A conquista Escrita criativa. Da ideia ao texto[email protected] — https://rumarchioni.wixsite.com/segundaopcao