O jornalista Maurício Oliveira acaba de lançar Amores proibidos na história do Brasil, livro no qual são desvelados encontros e desencontros de sete casais de destaque da historiografia nacional. Lampião e Maria Bonita; Oswald de Andrade e Pagu; Chiquinha Gonzaga e João Batista Lage; Dom Pedro I e Marquesa de Santos; Giuseppe e Anita Garibaldi; Joaquim Nabuco e Eufrásia Teixeira Leite; e Chica da Silva e João Fernandes são os protagonistas dessas intrigantes histórias de amor, repletas de ardor e paixão. O autor falou um pouco sobre a obra:
1) Como se deu a seleção dos sete casais que protagonizam o livro? Em sua pesquisa, se deparou com outros pares interessantes, mas que acabaram não entrando no texto final?
A seleção dos amores proibidos incluídos no livro seguiu, basicamente, três regras. Uma delas é que fossem personalidades realmente conhecidas da história brasileira. Outra é que houvesse um volume significativo de informações confiáveis sobre o relacionamento em questão –algo que, na maior parte dos casos, foi possível pela existência de correspondências, diários ou autobiografias. A ausência de informações mais precisas fez com que algumas possibilidades iniciais tenham sido descartadas –foi o caso, por exemplo, de um suposto amor envolvendo Tiradentes. Por fim, as histórias selecionadas foram pensadas em conjunto para contemplar uma certa diversidade (de períodos da História, de situações que levaram cada relacionamento a ser considerado “proibido” e mesmo das atividades profissionais dos envolvidos). A ideia é que cada história ganhasse personalidade própria e marcante dentro do livro. E sete é um número interessante, cabalístico, cheio de significados.
2) “Amores proibidos na história do Brasil” é direcionado a algum tipo específico de leitor? De que forma você chegou a esse tema?
A ideia de um livro sobre grandes amores da História brasileira partiu do diretor da Editora Contexto, o professor Jaime Pinsky, que me apresentou o desafio. Encantei-me com o projeto desde o primeiro momento, pois História e amor são mesmo dois temas encantadores. Não pensei em nenhum tipo específico de leitor, mas confesso que, por alguma razão, sempre achei que esse livro interessaria mais às mulheres. Isso certamente me ajudou a ter um cuidado especial ao conduzir as histórias, para evitar uma visão excessivamente masculina. Estive o tempo todo preocupado também em satisfazer tanto quem estivesse mais interessado no “clima de romance” quanto nas circunstâncias históricas. Não queria decepcionar nem um, nem outro.
3) Houve alguma criação ficcional de sua parte ou tudo que está no livro pertence a documentos historiográficos?
Algumas cenas entre os protagonistas são descritas com certa liberdade poética, mas apenas no que diz respeito aos romances propriamente ditos. As circunstâncias históricas foram todas embasadas por pesquisas.
Esta nova interpretação desses romances brasileiros são inspiradores e muito interessantes para um reflexão de como agir com o coração. Mais fiquei decepcionada por não ter entre eles o romance que mais admiro na historia do brasil no século XVIII, de GONZAGA e DOROTÉIA. Passado em Vila Rica atual cidade de Ouro Preto na epoca da inconfidencia mineira.
Sei que esses romances se baseia pelos mais conhecidos e famosos da epoca, mais teve grande valor, por tudo o que passou Tomas Antonio Gonzaga e sua amada. E o grande valor historico de suas publicaçoes durante a época em que viveu.
Mesmo assim parabenizo o autor desse livro, concerteza sera de grande curiosidade entre todos os tipos de leitores. Uma pena não poder comparecer no lançamento esta tarde para ter uma dedicatoria no livro proprio autor. Sucesso!!!!!!!
Fiqyei tão fascinada com “Amores Proibidos na história do Brasil”, que lhe troquei o título. As minhas desculpas
Bom dia. Fui atraída pelo título “Casamento no Cemitério”, porque cemitérios é uma das temáticas que muito me interessa, e através dela posso contar quantas histórias, quantas queira, deixando a imaginação actuar sem preconceitos, recorrendo à minha actividade profissional na área da História.
Fiz um percurso em que conto três histórias de amor, passadas em diferentes épocas históricas e conto-as através de diferentes tumulados, desde Jorge de Sena a Rafael Bordalo Pinheiro, passando por D. Pedro II, José do Patrocínio, etc. È pois uma forma indirecta de as inserir nos diferentes contextos, políticos, contando-as através da Literatura, Teatro, História política, etc.
E foi ao ler o tipo de abordagem realizada na obra acima referida, e dada a oportunidade fascinante de articular o Brasil e Portugal, em histórias inesperadas que aqui estou, caso achem a ideia interessante.
Cumprimentos
Anamaria Costa