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Sociolinguística educacional

Este é um livro que introduz e discute a área que denominei Sociolinguística Educacional. Releve-se o adjetivo nesse título, porque a pesquisa da área se propõe à solução de problemas relacionados ao trabalho pedagógico. O paradigma reúne abordagens quantitativas e qualitativas, além de se valer de áreas afins, como Pragmática, Etnografia, Linguística do Texto, Linguística Aplicada, Análise do Discurso, entre outras.

Sociolinguística educacional

O capítulo “Precursores” apresenta esses grandes nomes na anglofonia e no Brasil. No capítulo “A Sociolinguística como disciplina”, são discutidos conceitos que dão corpo à disciplina, tais como a distinção entre língua e dialeto; entre forma e função; e entre diglossia e bilinguismo. Já o capítulo “Micro e macroanálise” contempla dimensões macroanalíticas: a padronização de línguas; o latim clássico e vulgar e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). É no capítulo “Sociolinguística Variacionista” que se apresentam a regra variável e a consequente microanálise da variação linguística em sala de aula.

Os avanços da teoria dos atos de fala e a sua força ilocucionária vêm no capítulo “Sociolinguística Interacional”, enquanto o capítulo “Etnografia” é dedicado a esta no nível da Comunicação e no âmbito da Educação. Esse último aspecto é tratado no capítulo “Pesquisa em Educação”, no qual se dá ênfase: i) à metodologia de pesquisa; ii) à Sociolinguística no Brasil; iii) à metodologia dos contínuos e iv) às redes sociais. Fecha-se essa perspectiva, ainda nesse capítulo, com a discussão de sistemas de avaliação nacionais e internacionais, como o Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS), o Programa Internacional de Avaliação Estudantil (Pisa) e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Dedicou-se o capítulo “Sala de aula” à análise interacional em sala de aula e às dimensões do ensino e aprendizagem nesse espaço.

Sociolinguística educacional

Finalmente, o capítulo “Comentando a fonologia do português do Brasil” abre espaço para a dimensão segmental (vogais, consoantes e sílabas) e para considerações sobre a pronúncia do português europeu e brasileiro. O livro se fecha com o capítulo “Considerações finais”, a proposta de um guia de aprofundamento de leitura, uma bibliografia comentada, as referências bibliográficas e os índices remissivo e onomástico.


Stella Maris Bortoni-Ricardo é professora titular aposentada de Linguística da Universidade de Brasília (UnB), onde atuou na Faculdade de Educação (graduação e pós-graduação) e no doutorado em Linguística. Tem experiência na área de Sociolinguística, com ênfase em Educação e Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: letramento e formação de professores, educação em língua materna, alfabetização e Etnografia de sala de aula. Pela Editora Contexto, é autora do Manual de sociolinguística e português brasileiro: a língua que falamos e coautora dos livros Ensino de português e sociolinguística; Formação do professor como agente letrador; Linguagem para formação em letras, educação e fonoaudiologia; Linguística aplicada: um caminho com diferentes acessos; Sociolinguística, sociolinguísticas: uma introdução e Variação linguística na escola.

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