Ditados e expressões refletem o modo de pensar de uma cultura. Conheça os seis provérbios mais usados pelos alemães.
“Es ist nicht alles Gold, was glänzt”
Corresponde ao nosso “Nem tudo o que reluz é ouro!”. A origem deste provérbio remonta à peça “O Mercador de Veneza”, de William Shakespeare. Ele significa que não se deve acreditar em tudo que se ouve ou se vê. Nada é tão valioso quanto parece. Nem mesmo gnomos dourados, provavelmente de produção barata.
“Lieber den Spatz in der Hand als die Taube auf dem Dach”
“Melhor um pardal na mão do que uma pomba no telhado” é o mesmo que “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. Ou seja, fique satisfeito com o que tem, mesmo que seja singelo, em vez de ambicionar algo grande, mas inatingível. Como muitos provérbios, este provavelmente se originou do Evangelho de Lucas na Bíblia: “Vocês valem muito mais para Ele do que um bando inteiro de pardais.”
“Fünf Minuten vor der Zeit ist des Deutschen Pünktlichkeit”
A pontualidade é tão importante para os alemães que eles têm até um provérbio em forma de verso rimado: “Cinco minutos antes da hora, esta é a pontualidade alemã”.
“Übung macht den Meister”
“Repetitio est mater studiorum”, ou seja, a repetição é a mãe do estudo. Esta é a origem do provérbio alemão que, traduzido, significa “o treino faz o mestre”. Variantes modernas são “Von nichts kommt nichts” (Nada vem do nada) ou “Ohne Fleiß kein Preis” (Sem dedicação não há prêmio). Tudo para dizer que é a dedicação que nos aperfeiçoa.
“Wer anderen eine Grube gräbt, fällt selbst hinein”
A expressão alemã “Quem cava buracos para os outros acaba caindo neles ele mesmo” tem origem no Velho Testamento. Ela adverte “Não faça aos outros o que você não quer que façam a você”.
“Perlen vor die Säue werfen”
Somente com a tradução de Martinho Lutero a Bíblia para o alemão, a expressão “Pérolas aos porcos” começou a ser difundida. Ela é mencionada na Bíblia, mas talvez sua origem remonte à Antiguidade. O provérbio adverte que não se deve desperdiçar coisas com pessoas que não sabem valorizá-las. Afinal, porcos não sabem o que fazer com pérolas.
Se você ficou curioso para saber mais sobre esse povo, nossa dica de leitura é o livro Os Alemães, do historiador Vinícius Liebel
Os alemães? Todos sabemos como eles são. Ou achamos que sabemos… Para alguns de nós, são sisudos, fechados e até levemente arrogantes. Para outros, são pontuais, preparados e capazes. Sinônimos de cerveja, economia forte, indústria automobilística de sucesso, esportistas de elite. Mas também donos de uma história única, permeada de personagens fascinantes, da altura de Goethe, Beethoven e Einstein, e de passagens sombrias e extremamente violentas, com militarismo, antissemitismo, duas guerras mundiais, genocídios, um governo totalitário nazista e um muro dividindo o coração do país entre comunistas e capitalistas. Afinal, quem é realmente esse povo, que adora números e estatísticas, mas que ao mesmo tempo abriga alguns dos mais influentes filósofos do mundo? Como sua história peculiar de unificação tardia, nova divisão no pós-guerra e reunificação em 1990 ajudou a definir sua identidade como pertencentes a uma nação? Este livro imperdível apresenta todas essas Alemanhas em detalhes. Mas conheceremos também um país – e um povo – muito mais complexo e diverso do que nosso imaginário pode vislumbrar.
Fonte: Portal DW