Proclamado rei dos reis por Marco Antonio aos três anos de idade, essa figura fechou o ciclo do Egito Ptolomaico.
O último soberano da dinastia Ptolomaica no Egito foi Ptolomeu XV Philopator Philometor César, mais conhecido como Cesarião. Era filho de Cleópatra VII, com quem foi co-governante de 44 a.C. à 30 a.C., e de Júlio César, que nunca o reconheceu oficialmente.
Nascido em 47 a.C., Cleópatra passou anos insistindo que Cesarião era realmente filho do general romano, sendo o único biológico, já que Otaviano, seu sobrinho, havia sido adotado como herdeiro. Mesmo com os apoiadores de César tentando provar através de panfletos distribuídos em Roma que a paternidade não era real, Júlio teria permitido que o jovem utilizasse seu nome.
Durante seus dois primeiros anos de vida, Cesarião permaneceu em Roma, junto de sua mãe, como convidados oficiais de Júlio César. Entretanto, após a morte do general em 44 a.C., ambos foram obrigados a retornar ao Egito, e Cleópatra proclamou o filho como co-regente, aos três anos de idade.
Chegou a ser nomeado como rei dos reis, em 34 a.C., por Cleópatra e Marco Antônio, após ser beneficiado pelas Doações de Alexandrina, que foi a transferência de terras romanas para os filhos do casal. O título, entretanto, poderia ser visto como uma ameaça à grandeza de Roma.
Em 31 a.C., após a batalha de Áccio e a invasão de Otaviano ao Egito, Cesarião foi enviado por sua mãe ao porto de Berenice, no mar Vermelho, com um tesouro, na intenção de fazê-lo chegar a Índia. Entretanto, o que aconteceu depois nunca foi plenamente esclarecido.
Segundo a teoria mais aceita, sustentada pelo historiador Plutarco, é que após os possíveis suicídios de Marco Antônio e Cleópatra, Cesarião teria sido persuadido por seu tutor Teodoro com o falso argumento de que Otaviano o havia convidado para que pudesse retomar o trono. Ao voltar para Alexandria, o suposto filho biológico de Júlio César foi preso e executado, após ordens de seu meio-irmão Otaviano.
Fonte: Aventuras na História