Por Paulo Saldiva
Com a crescente mobilidade global e o impacto ambiental, o risco de surtos infecciosos aumenta
As pandemias sempre fizeram parte da história humana. Entende-se por pandemia uma doença infecciosa de natureza epidêmica que atinge vários continentes ao mesmo tempo. A varíola, por exemplo, levou séculos para se espalhar. A peste bubônica, dois séculos. O cólera, no século 19, se espalhou mais rapidamente com o avanço dos transportes. A gripe espanhola, em 1918, se disseminou em dois anos, com o movimento de tropas da Primeira Guerra. Já a covid-19 virou pandemia em semanas, devido à mobilidade global.

Hoje, a urbanização, o desmatamento e as mudanças climáticas aumentam o risco de novas pandemias. Muitos vírus têm origem silvestre e podem ser transmitidos ao ser humano. Já tivemos surtos recentes, como o da febre amarela em 2018-2019, e o zika, que causou microcefalia, mostrando o custo humano e social da falta de resposta rápida.
Para o futuro, será essencial criar sistemas de vigilância, alertas precoces e fábricas de vacinas prontas para agir rapidamente.
Fonte: Jornal da USP
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Paulo Saldiva, médico patologista, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com pesquisas em doenças respiratórias, patologia ambiental e antropologia médica. Ciclista por vocação, gaitista por superação e esforço, é apaixonado por São Paulo. Pela Contexto é autor dos livros Brasil: o futuro que queremos e Vida urbana e saúde.