Em visita à Alemanha nesta semana, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com a chanceler (premiê) do país, Angela Merkel. Dentre os temas discutidos entre as mandatárias, esteve o atual cenário adverso para o comércio internacional do Brasil. O país assumiu em 2010, segundo a OMC (Organização Mundial do Comércio), o 20º posto entre os países que mais negociam com o exterior, considerando-se as vendas (exportações) e as compras (importações) realizadas com outros países. Para alguns especialistas, o Brasil deveria ocupar posição mais elevada nesse ranking, dado o tamanho da economia do país –atualmente, é a sexta maior do planeta.
O inquietante tema do comércio internacional sempre preocupou nossos especialistas. Em 2000, Reinaldo Gonçalves, Ph.D em Economia pela University of Reading (Inglaterra) e professor da UFRJ, publicou pela Contexto o livro O Brasil e o Comércio Internacional. A obra receberia no ano seguinte o Prêmio Jabuti e se tornaria uma referência nos estudos sobre o tema.
“O Brasil precisa, com urgência, de um novo padrão de inserção no sistema mundial de comércio e, portanto, da reorientação de sua política externa. O comércio internacional tem experimentado importantes transformações ao longo dos últimos anos”, diz o autor na introdução do livro, destacando pontos ainda muito atuais.