Fechar

Livro: Escrever melhor: guia para passar os textos a limpo

escrever_melhor A pergunta que não quer calar: “É possível transformar um texto comum numa escrita sedutora, gostosa de ler?”. Segundo as jornalistas Dad Squarisi e Arlete Salvador, é possível sim. Mas elas alertam que “escrever exige 10% de inspiração e 90% de transpiração”. Escrever é trabalho árduo. Textos são cortados, aumentados, transformados, virados pelo avesso, amassados, condensados. “O texto só brilha depois de muito apanhar”, explicam as autoras do Escrever melhor: guia para passar os textos a limpo.

Dad e Arlete apontam os defeitos mais comuns e indicam como escapar das armadilhas da língua portuguesa. Muitos profissionais que usam a escrita no dia-a-dia lêem, relêem e reescrevem dissertações, reportagens, teses, petições e documentos. Essas mensagens precisam chegar às mãos dos chefes, colegas e clientes com correção, clareza e objetividade.

Como fazer isso? Sem problemas! Dad e Arlete dão um tiro de misericórdia nos problemas da escrita e mostram o caminho das pedras para que o leitor dê um pontapé inicial para produzir um excelente texto. “Ah, essas são expressões que caíram na boca do povo e se vulgarizaram”, comentam arrepiadas sobre clichês, como esses sublinhados na frase anterior. Essas e outras expressões estão no capítulo “Palavra perfeita”, no qual as autoras também apontam redundâncias e jargões corporativas.

O livro é um guia prático, apresentado como um roteiro de elementos lógicos, estilísticos e gramaticais. Ele ensina como passar a limpo, o momento de cortar, ajustar, mudar, adaptar, transformar, socar e chacoalhar o texto. Escrever melhor: guia para passar os textos a limpo divide-se em três partes.

Na primeira delas o leitor encontrará os problemas mais comuns e as suas soluções. Entre os recursos de edição estão desde a substituição de locuções por apenas um termo até a organização dos parágrafos.

A segunda parte destaca a pontuação, importante ferramenta para tornar a frase objetiva e clara. Uma das dicas é deixá-la mais curta com o uso de pontos. Verbos e pronomes, dois temas cheios de manhas, também recebem especial atenção.

Por fim, vêm as tais “ciladas da língua” capazes de nocautear até renomados autores. Dad e Arlete explicam o caso da crase, por exemplo, “que não foi feita pra humilhar ninguém, mas responde por mil trapalhadas”. Ao final são sugeridos modelos editados segundo as técnicas apresentadas nos capítulos do livro.

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.