O homem que descobriu ter uma espada de 3 mil anos no porão de casa. O item foi confeccionado durante a Idade do Ferro, mas permaneceu intacto durante todo o período seguinte.
Na década de 1950, um operador de escavadeira identificado como Albert Biesemann realizava uma limpeza no solo de um local onde foi contratado. Movimentando o veículo contra o terreno, notou que alguma coisa ainda mais rígida que os grãos de terra entrou na caçamba de sua ferramenta de trabalho.
Ao averiguar, notou que tratava-se de uma espada, parcialmente enferrujada, próxima de um lago na província do Baixo Reno, na Alemanha. Apesar de não entender como o item foi parar lá, ele recolheu o artefato e o guardou, mantendo no sótão de casa por curiosidade, durante as seis décadas seguintes.
A devida atenção só foi dada pelo neto do operador, Christian, que sabia da existência do item, mesmo sem explicações sobre sua origem. Em 2021, antes de ir a uma festa de São Martinho, celebração relacionada ao Halloween, ele decidiu levar o item de forma decorativa, mas desconfiou que poderia ter um tesouro em mãos.
Descobrindo a origem
Ao recolher o artefato no sótão, decidiu ir até o museu da cidade de Xanten para direcionar especialistas a uma análise cuidadosa. Ao contrário de uma simples descoberta de mais de 60 anos, tratava-se de um objeto de pelo menos 3 mil anos, confeccionado durante a Idade do Bronze.
A surpresa resultou em um exame meticuloso, constatando que, apesar de milenar, está bem conservada, inclusive para a visualização de sua lâmina, que levou o grupo de pesquisadores a confirmarem que era uma arma usada em combates.
Pelo fato de ter sido revelada próxima de um lago, acredita-se que possa ter sido jogada na água como oferenda.
Com 58 centímetros de comprimento e mantendo a tonalidade original, os pesquisadores decidiram fazer um histórico da região onde o terreno de seu encontro foi escavado, concluindo que a possibilidade mais próxima é de ter sido fabricada anos finais da Cultura dos Campos de Urnas.
Tal população ocupou a Europa Central entre os anos de 1300 a.C e 750 a.C. e tinha métodos de confecção de ferramentas semelhantes ao das características da descoberta.
Ciente de sua importância, o vovô Albert entregou o artefato ao Museu de Xanten para maiores análises, sendo comemorada como “o achado mais importante do mês de novembro” no país.
Fonte: Aventuras na História