No Brasil, o Dia do Bibliotecário vem sendo comemorado em 12 de março desde 1958, em homenagem ao aniversário de nascimento do poeta Manoel Bastos Tigre, verdadeiro pilar da Biblioteconomia brasileira. Entretanto, só foi devidamente regulamentado com o Decreto nº 84.631, de 12 de abril, de 1980. Desde então, têm sido inúmeros os festejos e comemorações pelo Brasil afora para homenagear aqueles que estão sempre defendendo a disseminação da informação e do conhecimento.
Engenheiro e bibliotecário por vocação, Manuel Bastos Tigre nasceu em 1882. Formou-se em Engenharia em 1906 e resolveu fazer aperfeiçoamento em eletricidade, no Estados Unidos, em 1906. Uma vez lá, conheceu o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal. Esse encontro foi decisivo na sua vida, pois, em 1915, aos 33 anos, largou a Engenharia para trabalhar com biblioteconomia.
Considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil, prestou concurso para ingressar no Museu Nacional do Rio de Janeiro como bibliotecário e se classificou em primeiro lugar com a pesquisa sobre a Classificação Decimal. Transferido, em 1945, para a Biblioteca Nacional, onde ficou até 1947, assumiu depois a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil, na qual trabalhou, mesmo depois de aposentado, ao lado do reitor da instituição, o professor Pedro Calmon de Sá.
Manuel Bastos Tigre trouxe grande contribuição social e cultural para o Brasil, e por isso, nada melhor do que a data de seu nascimento para celebrar o dia daqueles que comungam o mesmo objetivo: disseminar informação e conhecimento a fim de promover o desenvolvimento cultural e social do país.
Biblioteconomia
A palavra Biblioteconomia deriva do grego bibliothéke (depósito de livros) e nomos (regra, lei), e significa a “arte de organizar e dirigir bibliotecas, de acordo com normas, regras” – sentido grafado em uma época em que “arte” era sinônimo daquilo que se adquire “pelo estudo e pelo exercício”. Ao longo de sua história, a Biblioteconomia teve ilustres representantes que transformaram a arte em ciência e as regras em teorias: o estadista e inventor norte-americano Benjamin Franklin (1706-1790); o filósofo e teólogo alemão Immanuel Kant (1724-1884); os Papas Nicolau V (1388-1455) e Pio XI (1857-1939), o romancista, historiador e jornalista português Alexandre Herculano (1810-1877); a estadista israelense Golda Meir (1898-1978); além do já citado Manoel Bastos Tigre (12 de março de 1882-1957) – patrono dos bibliotecários brasileiros.
Gostaríamos de agradecer a todos os bibliotecários pelo importante trabalho que realizam e parabenizá-los pelo seu dia.
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