Indisciplina. Desrespeito. Preconceito e discriminação. Álcool e outras drogas.Violência. Quem não está impressionado com o que está acontecendo nas escolas, em muitas escolas? Em vez de um espaço em que cultura e valores são transmitidos de uma geração a outra, por meio dos professores, a escola tem se transformado em fonte de notícias até para páginas policiais. Alunos cada vez mais violentos uns com os outros e com os mestres. Ambiente tenso. Pais intranquilos. Pode-se fazer alguma coisa séria para promover a paz nas escolas e impedir a degradação do ambiente escolar?
Na intenção de amparar educadores e todos os envolvidos com o ambiente escolar, o livro Como restaurar a paz nas escolas se propõe a colaborar na recuperação de valores esquecidos, ou deixados de lado, e proporcionar uma cultura de não violência na resolução de conflitos.
Através de práticas restaurativas, sugere-se aos educadores a aplicação de diferentes técnicas facilitadoras na prevenção da violência por meio de atividades inteligentes perfeitamente aplicáveis no dia a dia da sala de aula. Tais práticas proporcionam aos mestres (e demais responsáveis) habilidades indispensáveis para se resolver conflitos dos mais simples aos mais complexos, envolvendo toda a comunidade escolar e social e cultivando laços de cooperação e disciplina.
Sobre o autor
Antonio Ozório Nunes é formado no antigo curso de Magistério. Foi professor da rede pública de ensino do estado de São Paulo durante sete anos, período no qual foi também, por dois anos, Coordenador de professores do Ciclo Básico. Desde 1994 é promotor de Justiça do estado de São Paulo, com vários anos de atuação na área criminal e no setor da Infância e Juventude, onde atualmente exerce as suas funções. Durante todo esse período tem trabalhado com mediação de conflitos. É mestre em Direito das Relações Sociais pela puc-sp e professor universitário nas áreas de Criminologia e Direitos Humanos. Participou da elaboração e da primeira fase de execução do projeto denominado “Apoio e Fortalecimento da Justiça de Timor Leste”, coordenado pela onu, em Timor Leste. Lá, durante um ano, conheceu e trabalhou com a chamada “Justiça Tradicional”, através da qual os timorenses, fazendo uso dos “Círculos Restaurativos”, discutem e resolvem boa parte dos seus conflitos interpessoais com base nos costumes locais, atuando de forma consensual e restauradora.