A campanha Outubro Rosa nasceu como um movimento iniciado em 1990, em Nova York, durante a “Corrida pela Cura”, evento idealizado pela instituição Susan G. Komen. Trata-se de uma boa oportunidade para aprofundar a reflexão sobre o assunto. A começar pela lembrança de que a doença não afeta apenas a mulher atingida por ela. A enfermidade mexe também com a família, ao despertar a atenção de todos. Por conta disso, muitos membros refazem suas agendas pessoais.
O câncer de mama é a doença maligna que mais acomete as mulheres. Alguns sintomas se destacam entre os suspeitos. Todos merecem atenção, porque podem significar um sinal de alerta. Um deles é o aparecimento de nódulo fixo e, geralmente, indolor. Outros ficam por conta da mudança na posição ou formato do mamilo, aparecimento de vermelhidão e retração ou aparência de casca de laranja na pele do seio. Além da saída espontânea de líquido pelo mamilo e caroços no pescoço ou axilas.
Por outro lado, algumas medidas são eficazes na sua prevenção: adotar uma alimentação saudável, praticar atividades esportivas com frequência, evitar bebida alcoólica e manter o peso adequado. Segundo pesquisas, essas ações podem evitar até 28% dos casos da doença. Na outra ponta, quando diagnosticado em estágio precoce, a chance de cura vai além de animadores 90%.
Mais do que a família, a indústria cinematográfica traz o assunto para o centro da conversa. Não é por acaso que vários filmes já foram produzidos sobre o tema. Trazendo lições de vida e reflexões sobre nosso papel na prevenção, tratamento e na vida após o câncer, eles chamaram a atenção acerca da doença. Reais ou fictícias, essas produções retratam, ainda que de maneira parcial, a importância do assunto.
Nesse caso, é bem provável que um dos fatos mais marcantes na história do cinema não tenha sido propriamente um filme, mas o anúncio da retirada profilática das mamas pela atriz Angelina Jolie. O reflexo da decisão de Jolie foi o aumento das cirurgias em todo o mundo.
Sem dúvida, esses episódios e filmes têm o poder de influenciar as pessoas em todos os cantos. Isso, sobretudo, porque é inevitável que pacientes e familiares tracem um paralelo com sua trajetória. O que gera uma reflexão quase automática e obrigatória sobre o tema.
Se essa conversa chamou sua atenção e despertou o interesse de assistir a um filme sobre o tema do câncer de mama, aqui estão algumas sugestões de títulos que tratam do assunto, às vezes de maneira indireta: Lado a lado; A culpa é das estrelas; Uma chance para viver; Um golpe do destino; Já estou com saudades; além do documentário Imperador de todos os males. O câncer de mama é uma realidade, e sobre isso, infelizmente, não temos controle absoluto. Mas a prevenção e luta contra ele, isso, sim, deve ser feita pela mulher. Afinal, não vale a pena jogar o futuro e a vida nas mãos de uma doença que pode ser mantida bem distante, se tomados os devidos cuidados.
Rubens Marchioni é palestrante, produtor de conteúdo, blogueiro e escritor. Eleito Professor do Ano no curso de pós-graduação em Propaganda da Faap. Pela Contexto é autor de Escrita criativa: da ideia ao texto. https://rumarchioni.wixsite.com/segundaopcao / e-mail: [email protected]